O Damien Jurado era um integrante (meio-emburrado) de Seattle, bem menos conhecido do que deveria, ele era influenciado por cantores como Bob Dylan, Nick Drake, Lou Reed e outros, dono de pelo menos uma dúzia de grandes álbuns.
Jurado teve uma banda chamada Coolidge no começo dos anos 90 ao lado de um sujeito chamado David Bazan, que anos mais tarde gravaria sobre a alcunha de Pedro The Lion. Jurado tem amigos muito talentosos que as vezes participam de suas gravações ou o convidam para participar de suas. A música First In Line, de um sujeito chamado Thomas Denver Jonsson, tem a participação de Damien e de Rosie Thomas. Rosie fez vários duetos ao vivo com Damien e vocais adicionais em diversas faixas e mesmo o vocal principal como o da bela Parking Lot, do álbum Ghost of David, de 2000 (apesar de ter sido essa última a responsável pelo contrato da moça com a Subpop, vale lembrar que Rosie teve um passado “pré-Damien” com a banda Velour 100 durante os anos 90).
Atualmente Damien apresenta-se com sua banda. A banda faz o estilo indierock neofolk com um forte tom melancólico há uns bons dez anos. Eles são americanos, mas pode-se dizer que é quase uma 'banda de um homem só'...
Com o álbum "Where Shall You Take Me Secretly" Canadian, 2003. Jurado assustou boa parte dos fãs ao lançar I Break Chairs, um álbum que prima pelo rock e torna mais explícita sonoramente a violência de suas letras. Claro que tudo isso não era motivo para tanto estranhamento. Quem conhece um pouco sobre a vida de Jurado sabe que ele tocou em muitas bandas de rock antes de lançar-se como cantor solo e mesmo em seu primeiro álbum, Water Ave S (1997), exercitava uma híbrida coleção de canções que o dividiria entre o folk e o rock.
Em seu quinto álbum, Jurado relata experiências pessoais sobre amores obsessivos (“Abilene”) e violência. Tudo isso, conduzido entre o folk e o country. Rosie Thomas, que já havia colaborado nos disco anteriores do cantor, empresta mais uma vez sua bela voz em três faixas (“Omaha”, “Window” e “I Can’t Get Over You”).
Numa época onde as bandas entram no estúdio já com a corda no pescoço, tendo de cumprir prazos e engolir músicos e produtores impostos pelas editoras, é incrível o que Jurado fez em seu nono álbum. Foi preciso um ano para Caught in the Trees ver a luz do dia: Damien começou as gravações nos dias quentes do verão estadunidense e só foi apertar o último "stop" em pleno inverno.
O resultado é um disco totalmente "quatro estações" que vai do calor ao gelo completo (no bom sentido) em pouco menos de 60 minutos. Contador de histórias nato, Jurado sabe como transitar por vários tipos de composição e abre o álbum com a agitada "Gillian Was a Horse", lembrando o Wilco de Being There. Lá pelo meio do disco, ele volta a beber na fonte de Neil Young e Nick Drake para dar vida a algumas das mais acolhedoras canções do ano, como "Coats of Ice", "Go First", "Predictive Living" e a melhor de todas, "Sheets".
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