segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tehilim

"Tehilim, em hebraico, significa Salmos ou louvores. Os livro de Salmos, na Bíblia, o lugar onde a humanidade mostra seus verdadeiros sentimentos para Deus. E o que fazemos em nossas músicas mostrar nossos sentimentos", diz o líde da banda.

A Banda Tehilim é liderada por César Ricky Mendes e Jackie M. Mendes e propõe em suas canções a fusão de música celta, rock e folk americano, trazendo a diversidade
cultural e artística de outros povos e nações. É bem claro que é diferente daquilo que estamos acostumados ouvir aqui no Brasil.

Por aproximadamente quatro anos, eles foram membros do Ministério Arca e também marcaram presença em CDs como convidados de outros ministérios como:
Crianças Diante do trono, Nívea Soares, Chris Durán, Soul Survivor, Ceifa-Jocum, Clamor pelas Nações, Fernandinho, Gerson Freire, Judson de Oliveira,
Jeff Fromholz e 3 Rock Youth.

O CD Celtic Inspirational Rock, primeiro da banda, tem uma temática instrumental, mas destaco a faixa 2, Come As You Want, versão de Vem Como Quiser do Ministério
Arca.

O grupo faz uma mescla de música celta tradicional com rock e folk. Essa mescla ganhou as páginas da revista Guitar Player do mês de maio, na seção "Sobe o Som", e conseguiu uma ótima crítica do editor Régis Tadeu, na seção "Nova Geração" da revista Cover Guitarra do mês de fevereiro.

Depois de 3 anos do álbum “Celtic Inspirational Rock”, o Tehilim lança o “CD Grace”.

“Grace” foi gravado ao vivo em estúdio durante os dias do carnaval de 2009. Em relação ao CD anterior, esse é um trabalho mais enérgico e denso. Principalmente pela captação da banda tocando ao vivo, o que deixou a sonoridade mais crua e direta.

Outro fator que mostra bastante a diferença, é que o primeiro CD começou como um projeto, e nesse novo trabalho, o Tehilim já é uma banda que vem trazendo alguns anos de estrada.

Ricky (guitarra e violão) e Jackie (flautas) sabem muito bem como se expressar musicalmente, sabendo ir muito além de uma música sem vocal, o som do Tehilim é algo envolvente, realmente criativo e artístico, quando Ricky começa a cantar, você pode até se questionar: “precisa?”.

O fato de Grace ter sido gravado ao vivo reforça a vontade de fazer uma adoração realmente pura a Deus e não de fazer um arranjo que agrade a Deus e ao público, o que dificulta ainda mais o trabalho, pois Deus não é humano e sim Deus, ou seja, perfeito. Como fazer para agradar alguém que com certeza faria algo melhor que você?

O Tehilim soube bem como contornar essa “adversidade” inserindo em suas músicas uma generosa porção de sinceridade e recheando abundantemente com amor, coisa que os industrializados alimentos enlatados não possuem, esses na verdade não creio que realmente alimentam quem irá “consumi-los”.

A graça deste novo álbum do Tehilim é que ele não me agrada por completo, pois a variedade de estilos inseridos neste trabalho vão muito além do primeiro álbum que se resumiu apenas ao rock, folk e celta, temos em Grace muito hard rock, temos country, temos indie, temos criatividade, um Tehilim mais direto ao ponto, mais verdadeiro, mais sincero! Talvez seja por isso que não se tenha uma percussão neste trabalho, caso não fosse bem executada poderia se tornar uma macumbada sem sentido.

As guitarras não solam e sim se expressam verdadeiramente, sem os limites decretados por um produtor ou pelo público, Ricky apenas dá o seu melhor e ponto, criando um destaque bem maior para as cordas, um prato cheio para qualquer músico.

As flautas, diferente do primeiro álbum, deixaram de ser o elemento surpresa, o que poderia tirar um pouco da diferenciação da banda, mas Jackie conseguiu superar isso ao tornar os elementos celtas um “algo a mais” e não apenas parte da banda, criando a beleza e fúria nos lugares certos e até nos inusitados também, e com a guitarra claramente influenciada pela música oitentista, criou uma atmosfera no mínimo diferente inserindo o ouvinte desde uma viagem só para uma floresta linda, a uma visita a uma garagem americana com cinco adolescentes no ano de 1987. Diferente, não? Eu chamaria de criativo.

O álbum em si tem um som diferente, a idéia de ser simples se apresenta antes da primeira nota da guitarra, ela está na capa que representa muito bem a Graça que este disco fala: uma cruz num campo verde.

A simplicidade também é vista na falta de efeitos diferentes nas guitarras, no áudio da bateria que aparece bem separado dos demais instrumentos, no teclado executado da forma mais simplista possível e até mesmo na produção que escolheu encerrar algumas músicas de uma forma inusitada. É por isso que Grace não se compara com o primeiro álbum do Tehilim, são duas propostas bem diferentes, tanto no lado espiritual, quanto no lado técnico.

Um exemplo disso é que no primeiro álbum era possível encontrar pelo menos 3 guitarras por música, neste por ser ao vivo só é possível encontrar uma e nem por isso as músicas perderam a qualidade, pois apenas frisou ainda mais a simplicidade que o álbum busca e a sinceridade que o álbum fala.

A simplicidade também está a vista quando você chega ao final do álbum e fecha os olhos, imaginando-se naquele campo verde, olhando a cruz e pensando no que ela representa: a coisa mais simples já feita, afinal foi criada com amor e sinceridade. A Graça de Deus é simples, é perfeita.

Quer saber mais? O site da banda, além de informações e agenda da banda, traz artigos muito bons e você pode baixar o CD! Vale conhecer este site também.

Fonte: dotgospel.

TEHILIM CELTIC ROCK


Tehilim - Come Thou Fount Of Every Blessing [ENSAIO]

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